Foto: Rodrigo Azevedo
Existia certo rei que tinha três filhas, a mais nova era a mais
bela, sua beleza era extraordinária que até o vocabulário humano era incapaz de
descrever. A fama de sua beleza era tão grande que pessoas de lugares vizinhos
iam, em romaria, para vê-la e prestar-lhe homenagens que eram apropriadas
somente à deusa Vênus. Os altares de Vênus estavam cada vez mais vazios,
enquanto os homens voltavam devoção e atenção à jovem virgem. Vênus era uma
deusa muito vaidosa e não gostava de perder em matéria de aparência, muito
menos para uma mortal. Vênus chamou Mercúrio e disse-lhe: "- Mande esta
carta para Psiquê."...
Quando Psiquê recebeu a carta ficou admirada, recebendo uma
carta de uma deusa. Mas ficou muito decepcionada quando a leu. Na carta havia
uma profecia clamada pela própria Vênus. A profecia dizia que Psiquê ia se
casar com a mais horrenda criatura. Psiquê ficou desesperada, foi contar para
suas irmãs. Psique era muito inocente e nunca percebeu que suas irmãs morriam
de inveja dela.
Enquanto isso, no Monte Olimpo, Vênus chamou seu filho Cupido:
"- Meu caro filho, preciso de um grande favor seu. Quero que você vá a
terra e atire uma de suas flechas de amor em Psique, e faça com que ela se
apaixone pelo homem mais feio do planeta". Cupido gostava muito de sua mãe
e não quis contrariá-la. Então foi. Quando anoiteceu, Cupido foi até a casa de
Psique, entrou pela janela avistou um rosto perfeito, traços encantadores.
Cupido chegou bem perto para não ter a chance de errar o alvo (apesar de ter
uma mira muito boa, mas estava encantado com a bela jovem). Se preparou para
atirar, esticou o seu arco e quando ia soltar a flecha, Psiquê moveu o braço, e
Cupido acertou ele mesmo. A partir daquele instante Cupido ficou perdidamente
apaixonado pela jovem. Voltou para casa, mas não conseguiu dormir pensando na
bela Psiquê.
No dia seguinte, Cupido foi falar com Zéfiro (o vento oeste) e
pediu para que transportasse Psique para os ares e a instalasse num palácio
magnífico, onde era a casa de Cupido. Quando a noite caiu, a moça ouviu uma voz
misteriosa e doce: "- Não se assuste, Psiquê, sou o dono desse palácio.
Ofereço a ti como presente de nosso casamento, pois quero ser seu esposo. Tudo
que está vendo lhe pertence. E tudo que deseja será concebido. Zéfiro estará às
suas ordens, ele fará tudo o que você quiser. Eu só lhe faço uma exigência: não
tente me ver. Só sob esta condição poderemos viver juntos e sermos
felizes".
Toda noite Cupido vinha ver Psiquê, mas em uma forma invisível.
A moça estava vivendo muito feliz naquele lindo palácio. Com o passar do tempo, Psique apaixonou-se pelo ser misterioso
até que um dia, ao visitar as irmãs, invejosas da sua felicidade, foi instigada
a ver o rosto do seu marido. Então, curiosa, Psique resolveu seguir o conselho
das irmãs. Assim, enquanto o marido estava a dormir silenciosamente, Psique
acendeu uma vela e, em vez do monstro, encontrou o belíssimo Cupido. Aproximando-se
para o ver melhor, deixou cair uma gota de cera no ombro do deus. Cupido acordou
e, furioso, reprimiu-a pela sua curiosidade e pela quebra da promessa que lhe
tinha feito e retirou-se. Ao mesmo tempo, desapareceu o palácio e Psique
encontrou-se, de novo, na montanha, onde, desgostosa, tentou suicidar-se,
atirando-se a um rio, mas as águas levaram-na de volta às margens. A partir de
então, vagueou pelo mundo à procura do seu amor, e, perseguida pela ira de
Venus, foi sujeita a muitos perigos que conseguiu vencer devido a uma
misteriosa proteção. Sozinha e cheia de remorsos Psique procurou o amante por
toda a terra, e várias tarefas difíceis lhe foram impostas por Vênus. Por um meio ou por outro, todas as tarefas
foram executadas, exceto a última, que consistia em descer ao Hades e trazer o
cofre da beleza usado por Perséfone. Psique havia praticamente conseguido
realizar a proeza, quando teve a curiosidade de abrir o cofre; este continha
não a beleza, e sim um sono mortal que a dominou. Finalmente, Cupido, impressionado
pelo arrependimento de Psique e pela fidelidade do seu amor, implorou a Zeus
que deixasse Psique juntar-se a ele. Psique foi reanimada deste sono pelo beijo
do Cupido. Zeus concedeu a imortalidade a Psique, Venus esqueceu os seus ciúmes
e o casamento foi celebrado, no Olimpo, com grandes festejos.
Psique em grego significa tanto borboleta como alma. Esta fábula
representa a alma humana, que é purificada pelas desgraças e sofrimentos,
preparando-se, dessa forma, para desfrutar de pura e verdadeira felicidade.
A foto é minha mas o texto é uma compilação das 3 referencias abaixo. Recomendo a leitura.
Referencias:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cupido
http://www.starnews2001.com.br/cupido/cupid_story.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário